quinta-feira, 2 de junho de 2011

DKV: Um fenômeno genuinamente niteroiense!

Criada há 15 anos, mais precisamente no ano de 1993, a banda DKV é hoje sinônimo de qualidade musical e sucesso, muito sucesso! Liderados pelo vocalista, Dilsinho, a banda ganhou notoriedade quando participou de um mega-show, no Rio de Janeiro, chamado de Skol Rock, o maior festival de bandas do país na época.

O sucesso foi tamanho que, entre as mais de três mil bandas inscritas no evento, o DKV conquistou o primeiro lugar com a música "Loura Cevada", do primeiro albúm lançado "Pior sem elas".  Como prêmio, a banda ganhou o direito de representar o Rio no show do fim do ano da Skol, junto ao Iron Maiden, Jason Bonham, Dio e Scorpions.





Foi a partir deste momento, em que grupo caiu nas graças do público, que a fama, de fato, começou a surgir na vida desses talentos de Niterói. O DKV começou a ser requisitado para os grandes eventos no eixo Rio-São Paulo. Assim, os niteroienses participaram de mega eventos como o encerramento do extinto Festivalda no morro da Urca, além de participaram do Skol Rock, junto ao Skank e muitos outros.

Segue a lista de shows de grande proporção que a banda participou ao longo de sua trajetória: 

O grande show ao lado da banda Los Hermanos, na Praia de icaraí, em Niterói, para um público record estimado em 45 mil pessoas. O DKV abriu e encerrou shows, também, dos Detonautas, LSJack entre outros. Recentemente foram atração do Skol Stage, junto à atrações como Rappa e Dibob. Acompanharam a cantora alemã Lea Finn em show da Rádio Transamérica, em São Paulo, onde dividiram o palco com: Capital Inicial, Jota Quest, CPM 22, Ira entre tantos grandes nomes do cenário pop rock nacional.




O Line-up do DKV é:


André Berangerbateria
Bruno MarquesSax
Dilsinho (Dico)guitarra e voz
Flávio Américotrombone e vocal
Marcelo Américo      guitarra e vocal
Saullo Stornibaixo


Para conhecer um pouco mais sobre os garotos de Niterói, que conquistaram o Brasil,  entrevistamos o líder do grupo, Dilsinho. Confira abaixo a entrevista na íntegra:

1- Como foi o início do DKV??


O inicio do Dkv não foi muito diferente a um grande numero de bandas do segmento pop-rock. Nos conhecemos na escola, todos por volta de 15 anos, com alguns interesses em comum, entre eles a boa musica. Já ouvíamos bandas como beatles , roling stones, bob marley etc...  Bandas estas que tiveram origem na decada de 60. Por isso, pensamos em um nome que pudesse traduzir nossas inspirações. Foi quando veio o nome DKV, primeiro carro montado no Brasil. Foi também nesta década, um carro muito popular na época, que muitos gostavam. Sendo assim começamos com muita dificuldade no inicio da decada de 90, onde nosso estilo musical não era o da moda, o que trouxe um pouco de impecilhos que superamos anos mais tarde .


2- Quais foram as dificuldades que vôces encontraram pelo caminho até chegar ao sucesso e ao reconhecimento do público e da crítica?


As maiores dificuldades são comuns a todos os artistas brasileiros como, por exemplo, espaço com estrutura para apresentar o trabalho. O constante descrédito das pessoas, por não encarar a musica como um trabalho como qualquer outro, as vezes, torna as coisas muito mais desgastante. A remuneração do artista, no Brasil, muitas vezes é confundida com o amor dele pela arte. Algumas pessoas abusam disso pra remunerá-lo mal. Os instrumentos musicais tem um preço exorbitante por aqui. Alguns musicos demoram anos de trabalho para conseguir adquirir o seu e de qualidade . Assim como uma provação, os que sobrevivem a estas e outras dificuldades, e ainda assim desenvolvem um bom trabalho, já tem um grande passo dado rumo à sua estabilidade profissional. Com isso vem as recompensas , prêmios, além da ter a sua obra valorizada .

 

3- Por falar em prêmio, a banda já ganhou algum?

Alguns sim. Entre eles destaca se o SKOL ROCK um festival de enorme proporção que, infelizmente, não existe mais. Os 3 cds gravados , Rádios , Mtv , multishow etc..


4- Como é fazer shows em Niterói? Vocês começaram aqui mesmo ou no Rio?
Somos todos nascidos em Niteroi e foi aqui o inicio do Dkv para, depois, alcançar outras cidades ,outros estados e ter a obra exibida nacionalmente e internacionalmente. Em se tratando de Niteroi, a musica é feita de épocas , já que a geração muda aproximadamente a cada 5 ou 7 anos, fazendo, assim, que venham novas pessoas, com novos pensamentos, modismos, manias etc..  O que eu ouvia na minha infância e adolescência, não é mais tão relevante para as novas gerações fazendo com que as tendências mudem; o posicionamento das casas de show mudem também . Mas, em geral, é uma cidade privilegiada pelo grande número de músicos de muita qualidade. Pena que a cidade não tem muitos espaços destinados a eles . 

5 - Como você enxerga o circuito musical de Niterói? Há algum gênero musical predominante na noite da cidade? 

Acho que o circuito gira em cima dos anseios das pessoas. Sinto muita falta da iniciativa juvenil da minha época, que tenho certeza, já foi menor do que a geração de 80 e de 70 onde eram mais participativos e com opinião mais forte, já que tinham uma educação musical também bem maior, levando-os à uma melhor escolha, fazendo com que favorecesse à diversidade. Hoje percebo as pessoas comsumindo as coisas por obrigação, o que tende a afunilar muitos trabalhos e muitas pessoas que poderiam contribuir muito para um mundo melhor . De genero musical é muito relativo. Temos hoje uma forte pressão do chamado "Sertanejo Universitário" (que nada mais é do que o antigo sertanejo misturado ao ROCK) e do Funk, que é a voz das periferias que conquistaram os grandes centros, a exemplo do Rap e do Hip Hop americano . Não tenho nada contra a existencia de nenhum gênero, desde que tenha espaço para todos os outros. No Brasil sofremos muito com esses modismos alimentados pela mídia . Agora estão usando o Sertenejo Universitário até o osso. Daqui a pouco vem uma nova moda e ninguém vai querer saber dos artistas desse segmento. Isso é o que é lamentável na nossa cultura.

6 - Você vem demonstrando há mais de uma década que é realmente um bom vocalista. Já pensou em seguir carreira solo? O que acha dessa tendência da música mundial? 


Já pensei sim, mas nunca tive um problema real com a minha banda pra que eu fosse forçado a isso. Faço vários trabalhos paralelos conciliando com a banda e todos do Dkv me respeitam e me incentivam, assim como eu a eles . Não vejo como uma tendência durante um casamento com uma banda, que na verdade é como um casamento só que com quatro ou cinco ou mais pessoas, às vezes, as cabeças começam a pensar diferente levando a esse tipo de coisa ou às vezes, a só a ambição mesmo o que a contece é que na maioria não dá certo porque nem todo mundo é a Madona. (Risos)

7 - Para finalizar, se possível, coloque a agenda de shows do DKV: 


Em niteroi : Todos os Sábados no Goa musicas do Cd novo " come dung "  :  www.myspace.com/dkvoficial 


Confira também o novo clipe da banda "Vou voar", do novo álbum "come dung"




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